segunda-feira, 29 de junho de 2009


Confusão


Não confunda o silêncio com a omissão
nem a caridade com a política
muito menos a reflexão com a solidão
tampouco o sorriso com a alegria

o ato de confundir está em mim
confundo, indago e concluo

ato falho
ato obscuro

Não confunda a mansidão com a fraqueza
nem a dor com a penitência
muito menos a liberdade com o desrespeito

tampouco a fantasia com o impossível
o ato de confundir está em ti

confunde, indaga e conclui

ato falho
ato obscuro

Não confunda a sinceridade com a acusação

nem a mais simples bondade com o interesse

muito menos a paixão com o amor

tampouco a vitória com a soberba e o conselho com a sabedoria

o ato de confundir está em nós

confundimos, indagamos e concluímos

ato falho

ato obscuro




Vinicius Soares

Um comentário:

Monique Hardoim disse...

Gosto da repetição, dos versos irregulares, conbinam perfeitamente a forma do poema ao seu tema! Parabéns