
Confusão
Não confunda o silêncio com a omissão
nem a caridade com a política
muito menos a reflexão com a solidão
tampouco o sorriso com a alegria
o ato de confundir está em mim
confundo, indago e concluo
ato falho
ato obscuro
Não confunda a mansidão com a fraqueza
nem a dor com a penitência
muito menos a liberdade com o desrespeito
tampouco a fantasia com o impossível
o ato de confundir está em ti
confunde, indaga e conclui
ato falho
ato obscuro
Não confunda a sinceridade com a acusação
nem a mais simples bondade com o interesse
muito menos a paixão com o amor
tampouco a vitória com a soberba e o conselho com a sabedoria
o ato de confundir está em nós
confundimos, indagamos e concluímos
ato falho
ato obscuro
Vinicius Soares
Um comentário:
Gosto da repetição, dos versos irregulares, conbinam perfeitamente a forma do poema ao seu tema! Parabéns
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