segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Divagações

Quão grande é o tempo perdido

Nas questões sem solução

Cabe a mim provar ter existido

Lá no Éden, o umbigo de Adão?


Anos idos, estudos vazios

Esforço, labor, ostentação

O resultado vê-se nos brios

Glórias, honras, elogios, contemplação


No fim, a tese é de valia

E os especialistas esquecem então

Distraídos com seus diplomas, leviana alegria

Dos que na rua mendigam o pão


Do que vale o exímio estudo

noites mau dormidas, extrema dedicação

Se no fundo, ao pobre, objeto, contudo

Não lhe é dada compaixão?


Mas vai dizer isso ao mundo

Ao seu discurso darão atenção?

Quando a solidariedade é passageira

Mais vale o umbigo de adão


Vinicius Soares


ps.: dedico a Filipe e Anne, raros comprometidos com o reino


segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Cadê a chuva, meu Deus?...

Olhei ontem para o céu,
e achei que hoje seria um confortável dia de nuvem e chuva...

Quem pode com um sol desses?


"A chuva chega e ela vem lavar,
vem me livrar do mal.
É água fresca para aliviar
meu coração que secou
de tanto pranto derramado
pela mágoa
que se instalou no meu peito
de um jeito tão perverso;
hoje se desfaz nesses versos..."
(Mart'nália)


André Coelho