
Ai de mim, que culpado sou de tanto
e de muito sou inocente
às gargalhadas vejo o homem decadente
ser o causador do seu lamurioso pranto
Se sou cruel, Hitler foi mais
Se sou injusto, “Soltem Barrabás!”
Sou eu o inspirador de maldades
quando o próprio homem as faz?
Os lábios que fofocam inverdades
salvam-se da forca acusando Satanás.
Ai de mim, que culpado sou de tanto
e por vezes sou expulso com cisma
Porventura fui o responsável do pranto
derramado pelas crianças de Hiroshima?
O meu tão singelo álibi, no fim revelarei a todos
Que surpresa será aos inocentes desavisados!
Me aprazo e refestelo pois sei que os santos tolos
hão de prestar conta dos seus próprios pecados
Soares
Um comentário:
Adorei essa,me lembrou bastante de "Satã no divã" rs...sou apaixonada por aquele conto!
Postar um comentário